O projeto de ampliação permite que proprietários rurais circulem armados em toda a extensão do imóvel e não apenas na sede, como previa o Estatuto do Desarmamento. No primeiro dia depois de reassumir o cargo, o presidente Jair Bolsonaro sancionou, na terça-feira, o projeto que lei que amplia a posse de arma dentro de propriedades rurais.
Representantes da área rural da região avaliaram a nova lei, bem como a importância dela para o setor.
Em Pinheiro Machado, o Sindicato Rural é comandado por uma junta governativa, composta por Edson Hélio Souza Farias (presidente); André Coronel Trindade (tesoureiro) e Paulo Roberto Burgo Alves (secretário). Trindade relatou que o armamento rural é um meio de defesa. “Seja para se defender de criminosos ou de animais, como, por exemplo, os javalis. Hoje em dia, não temos como nos defender, às vezes, as propriedade rurais ficam em lugares ermos, inclusive sem apoio de policiamento”, salienta.
Ele enfatiza que esse ano o ataque de javalis aos ovinos foi fora do comum na região de Pinheiro Machado. “Atacam cordeiros e ovinos grandes. Também tivemos ataques de cães. Essa lei é muito importante para a defesa dos proprietários, dos trabalhadores e dos animais, além de intimidar os criminosos”, completa.
O presidente do Sindicato Rural de Dom Pedrito, José Roberto Pires Weber, comenta que a lei vai dar segurança ao homem do campo. “Os produtores rurais não querem violência. Queremos apenas ter condições de nos defendermos. Será bom para os produtores e para os trabalhadores rurais. Em Dom Pedrito, já aconteceu casos de criminosos chegar na propriedade, renderem o caseiro e deixar ele atado, pois não tinha como se defender”, destaca.
O produtor rural da Colônia Nova, em Aceguá, Sérgio Hubert, fala que a lei proporciona um pouco mais de segurança. “Principalmente para regiões como a nossa que já houve invasão de terras. O abigeato também é frequente. Tem muitos lugares para os criminosos fugirem. Ainda não temos posto de polícia aqui, então, sem fiscalização e policiamento fica mais fácil para os criminosos. Mas, na minha visão, a lei ajuda um pouco mais na segurança das propriedades”, acrescenta.
O presidente do Sistema Farsul, Gedeão Pereira, destaca que o Brasil está atravessando um período de criminalidade. “Se os grandes centros urbanos ficaram desguarnecidos, imagina os produtores rurais. Aumentou o abigeato, roubos de maquinários e defensivos agrícolas. Temos uma classe rural pacífica e não podíamos ter uma arma. Queremos ter o direito da autodefesa”, salienta. Pereira ressalta que a lei ter sido sancionada é altamente positivo. “Não pretendemos usar arma fora da propriedade. Isso pode coibir a ação dos bandidos. Eles terão dúvida se o produtor estará ou não armado. Antes eles tinham certeza que estavam desarmados”, diz.
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