Se a cor vermelha geralmente representa um sinal de alerta, na palma da mão de uma mulher e em formato de X o sinal é outro: de socorro!
Essa tem sido a premissa em quase 10 mil farmácias do país desde o início da Campanha Sinal Vermelho Contra a Violência Doméstica. Lançada em 10 de junho, a iniciativa do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) continua em todo o Brasil.
No Estado, ela é apoiada por diversas instituições, como a Polícia Civil, a qual tem em seu escopo a luta a favor dos vulneráveis - entre eles, vítimas de violência doméstica.
A campanha incentiva mulheres a mostrarem para o atendente da farmácia ou farmacêutico um X vermelho na palma da mão, escrito com batom, esmalte ou caneta, por exemplo. Imediatamente, ele irá entender se tratar de uma denúncia e acionará a Polícia Militar.
"O pedido de socorro é silencioso, não expõe a mulher e faz com que o agressor não desconfie que foi denunciado", explica a Chefe de Polícia do Estado do Rio Grande do Sul, Nadine Tagliari Farias Anflor.
Ela que também desempenha o papel de Vice-Presidente do Conselho Nacional dos Chefes de Polícia (CONCPC) na Região Sul e coordenadora do Fórum Permanente de Enfrentamento à Violência contra Mulher, estampa uma das fotos da campanha de apoio à iniciativa do CNJ e da AMB.
Com a palma da mão marcada por um X vermelho, a delegada incentiva vítimas de violência a quebrarem o ciclo do medo e romperem o silêncio - mesmo que não digam nada. "A violência doméstica precisa ser combatida com cada vez mais afinco e seriedade pelas autoridades. Isso significa que a denúncia precisa ser feita, precisa chegar até a Polícia e a mulher precisa ser protegida e acolhida", alerta.
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