O ano letivo de 2021 ainda não está totalmente definido. Isso ocorre porque a pandemia de coronavírus ainda não acabou e a vacinação não é uma realidade para a maior parte da população.
Assim, começam as articulações para a volta às aulas e o governo do Estado já tem uma proposta em mãos: tornar obrigatória a presença de alunos nas salas de aula das redes pública e privada nos ensinos Fundamental, Médio e Superior no Rio Grande do Sul.
O pedido foi feito pelo Sindicato do Ensino Privado (Sinepe) e será avaliado, hoje, em reunião do Gabinete de Crise, que é formado por representantes de várias secretarias. Se for aprovada, a presença obrigatória não seria diária.
De acordo com informações da GaúchaZH, o Estado manteria o ensino híbrido, que mescla aulas presenciais e a distância, para evitar aglomerações em sala de aula.
Pela proposta, cada turma seria dividida em dois grupos. Cada grupo se revezaria em sala de aula a cada semana ou em intervalos determinados pelas escolas, de acordo com a viabilidade de cada uma.
A lotação máxima seria de, no máximo, 50% de alunos em sala de aula, com distanciamento entre as cadeiras. Nos dias de aulas remotas, os alunos receberão atividades para serem feitas a distância.
A presença obrigatória não seria exigida somente para estudantes e professores que façam parte dos grupos de risco da covid-19.
O que diz a Seduc
Em entrevista concedida à GaúchaZH, o secretário de Educação do Rio Grande do Sul, Faisal Karam, afirmou que a presença dos alunos é fundamental para recuperar o conteúdo que não foi aprendido em 2020.
Ele ainda citou que muitos estudantes têm dificuldade no ensino a distância, por isso a preocupação com uma possível geração que apresente defasagem na educação por causa da pandemia, gerando impactos a longo prazo no desenvolvimento de áreas como trabalho e economia.
“Eu vejo como fundamental a presença do aluno e do professor, com exceção de quem tem comorbidades ou daquele aluno com alguma doença como asma, que ficará de forma remota e o professor terá que chegar de outras maneiras. Aquele pai que entende que, na questão pedagógica, seu filho está sem dificuldade (no ensino remoto) tem seu argumento. Mas é uma realidade pequena dentro dos mais de 800 mil alunos da rede estadual. Os países não pararam com a educação. O único lugar do mundo onde a educação não é a prioridade é o Brasil. Se, no mundo inteiro, OMS (Organização Mundial de Saúde) e Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) dizem que é fundamental ter aulas... Não podemos perder dois anos de educação”, enfatizou.
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