Ludicidade é tema de livro de literatura infantil de escritora pinheirense

“Sou apaixonada pelo meu trabalho e pela minha profissão”. É assim que se de­fine a Nívia Quadros de Ávila, autora do livro “A confusão no galinheiro”, lançado em março deste ano. Ela é natural de Pi­nheiro Machado, mas mora em Pelotas, onde trabalha como alfabetizadora na Es­cola de Ensino Médio Érico Veríssimo des­de 2010. Atua na área da educação desde 1998, com formação no Curso Normal de Magistério e Licenciatura em Pedagogia.

A ludicidade é um dos recursos que a educadora utiliza diariamente em sala de aula para despertar nos alunos o prazer pelo aprendizado. “A vivência da escola sempre me motivou a trabalhar transfor­mando os conteúdos didáticos em histó­rias para facilitar a compreensão e cativar a atenção das crianças. Não são histórias planejadas, são histórias espontâneas que surgem de acordo com o momento do aluno”, explicou.

Segundo a autora, o livro de literatura infantil possui linguagem simples, histó­ria divertida e educativa, humor, perso­nagens expressivos e foi produzido com muito amor. “Na minha trajetória como educadora, os alunos sempre foram fonte de inspiração. O livro “A confusão no ga­linheiro” nasceu na sala de aula, era uma aula normal e a história surgiu esponta­neamente. Foi muito forte, impactou a todos e gerou muito riso, foi um momen­to de tanta diversão. Ao sair da escola, pensei: ‘eu não posso perder essa história tenho que transformar em livro pra com­partilhar com outras crianças’”, contou.

A autora revela que a questão finan­ceira era o grande desafio para dar con­tinuidade ao projeto, já que não tinha di­nheiro pra investir na produção do livro. “Ao falar com minha coordenadora sobre a ideia, ela disse: ‘vamos dar um jeito! Essa história tem que ir para o papel’. Conver­sando com os colegas e interessados em ajudar na produção do livro, surgiu a pos­sibilidade de fazer uma vaquinha pra ar­recadar o valor. Lançamos a vaquinha e o pessoal aderiu. Logo veio o apoio da mi­nha comunidade escolar, que abraçou a causa junto comigo, o apoio da família e dos amigos. Meus alunos fizeram rifa, tive dois patrocínios e conseguimos o valor ne­cessário pra mandar o livro pra gráfica”.

Com o dinheiro arrecadado, foi pos­sível transformar o sonho em realidade e o livro se concretizou. “A meta é al­cançar o maior número de leitores. Es­tou trabalhando para que o livro chegue a todas as escolas municipais e estaduais do munícipio de Pelotas. Sou muito gra­ta porque pude distribuir, gratuitamente, um exemplar para cada escola de Pinhei­ro Machado e sei que os professores já estão utilizando o livro com os seus alu­nos, trabalhando o lúdico. É uma emoção muito grande poder contribuir na educa­ção das crianças pinheirenses através do meu livro”, declarou Nívia.

Ao falar sobre Pinheiro Machado, a autora ressalta o amor pela sua cidade. “Sou pinheirense com muito orgulho, mi­nha terra natal, a qual sou apaixonada. É o lugar onde vivi grande parte da minha vida, toda minha história está vinculada a Pinheiro Machado. Até hoje, vou pas­sar férias na cidade, é o local que escolho para descansar e recarregar a bateria”.

Marina da Costa Laranjeira é coorde­nadora da escola onde Nívia leciona e diz se orgulhar da profissional que compõe o quadro de funcionários da instituição. Ela também fala sobre a atuação da edu­cadora. “Nívia é uma pessoa e educadora de nível altíssimo. Hoje em dia, é difícil en­contrar estas duas qualidades em uma só pessoa. Como ser humano, é interessada pelo seu trabalho e as transformações que consegue realizar em seus alunos, aten­dendo-os em suas particularidades. Está sempre procurando o melhor que se pode fazer, dedicando-se inteiramente ao seu trabalho como mestra e alfabetizadora. Seu livro, no âmbito das crianças recém alfabetizadas, atende a todas as determi­nações e tem agradado as crianças que escutam ou leem a sua história”.

Quem tiver interesse em adquirir o livro pode contatar diretamente com a autora através das redes sociais. Em Pi­nheiro Machado, a obra está disponível na papelaria Papyros.

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