Foi oficializada, ontem, com publicação no Diário Oficial do Rio Grande do Sul, a emissão de licença prévia concedida pela Fepam para o empreendimento Pellco, do empresário paulista Luiz Eduardo Batalha, que será instalado em Pinheiro Machado, mas deverá atender toda a região. A validade de tal licença irá até o dia 4 de julho de 2023.
Investimento
A previsão de investimento é de R$ 1 bilhão com a participação de empresas nacionais e estrangeiras. A produção consiste na fabricação de pellets em madeira e a cogeração de eletricidade a partir de biomassa (toras moídas, cascas/galhos e feixes de árvores e casca de arroz), visando a uma capacidade mensal de produção de 75 mil toneladas de pellets e cogeração de 50 MW de energia elétrica. A área a ser construída será superior a 112 mil metros quadrados. O pellet deve ser exportado para países como Japão e Estados Unidos, para ser queimado em caldeiras de usinas.
Geração de empregos
Batalha afirmou, no começo do mês, que a empresa já trabalha há dois anos e meio no projeto e a estimativa é de que serão criados 1,5 mil empregos diretos na fase de construção e mais 1,2 mil para o funcionamento da indústria. “Temos 45 anos de agronegócio, somos uma empresa que se mantém com um trabalho de qualidade e coragem. Ninguém pode competir com a gente no campo florestal, temos gente de competência que sabe muito sobre madeira. E, para se ter uma ideia, o pellet é uma energia limpa e renovável que pode limpar a poluição que cinco bilhões de toneladas de carvão por ano dissipam no mundo. De pellets, apenas 27 milhões de toneladas são produzidos atualmente. Então, vamos partir tranquilamente em um mercado que vai fazer com que puxe toda essa sujeira. A gente tem muito a crescer, agradecemos a oportunidade de investir no Rio Grande do Sul”, afirmou.
Números e benefícios
A iniciativa do empresário paulista é uma boa notícia para o setor florestal, que por anos viveu com uma retração em negócios, devido à crise econômica internacional do final da década passada, o que impactou na geração de empregos e tributação para o Estado. Uma indústria de fabricação de pellets beneficiará a Metade Sul do RS, cujos 450 mil hectares (dos 700 mil de área plantada com florestas) estão nessa faixa. Conforme o anuário de 2015 da Ageflor, da área total com plantios florestais no Brasil (7,8 milhões de hectares), o RS responde por 8% - o que equivale a 593 mil hectares plantados com eucaliptos, pinus e acácia. O plantio de eucalipto no Estado representa 5% do total da cultura no Brasil. No pinus, o Rio Grande do Sul detém cerca de 12% da produção brasileira. Em relação à acácia, o Estado é, historicamente, o líder em áreas plantadas com o gênero, mesmo com redução de 30%.
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