Depois da possibilidade levantada pelo Executivo Municipal de Pinheiro Machado de extinguir no município o Programa Multidisciplinar de Atenção Domiciliar (EMAD), a diretoria do Hospital de Pinheiro Machado sinalizou que pode assumir a gerência do programa, a fim de mantê-lo em funcionamento.
Já há alguns dias, o assunto disseminou-se através das redes sociais, sites e jornais locais, que dão destaque para a possível extinção do Programa, o qual leva a residência dos pacientes acometidos por diagnóstico grave e acamados, profissionais como médicos, fisioterapeutas, enfermeiros e técnicos de enfermagem, com intuito de ofertar uma melhor qualidade de vida e conforto a estas pessoas que, muitas vezes, não conseguem nem mesmo caminhar.
Para tanto, foi realizada uma consulta junto ao Ministério da Saúde, onde se obteve a informação de que em alguns municípios brasileiros o programa é gerido por hospitais, o que poderá acontecer em Pinheiro Machado, caso o executivo realmente renuncie ao programa. A iniciativa pode garantir a continuidade do atendimento à comunidade.
Entretanto, o impasse pode ainda está longe do fim. A discussão sobre o assunto poderá se tornar pauta do Ministério Público, caso o município resolva extinguir o programa sem possibilitar ao Hospital o gerenciamento do mesmo.
“A comunidade está revoltada, porque é inconcebível o retrocesso da área mais vulnerável da população, que é a saúde. Depoimentos de familiares de usuários do programa com câncer são expostos diariamente nas redes sociais, implorando ao executivo que repense a atitude”, destacou o vereador Ronaldo Madruga.
Além da possível extinção do programa, há ainda a demanda de atendimento aos pacientes, que passariam a ser atendidos pelas unidades do ESF, caso não haja manutenção do EMAD.
“A intenção em remanejar estes pacientes para os ESF’s vai aumentar o custo com insumos e deslocamentos, e o município não poderá faturar ou lançar nada a mais. Isso sem considerar o fato de que as unidades de saúde não contam com fisioterapeutas, veículos próprios para transportar a equipe e uma série de outros recursos. O que parece lógico se torna temerário, e com certeza, precariza o atendimento à saúde no município. Deixo o alerta, para não haver discurso posterior eximindo-se da culpa e responsabilidade pelos erros que poderiam ser evitados”, finalizou Ronaldo.
Foto e texto: Tiago Fagundes
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