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terça-feira, 4 de setembro de 2018

Pellco apresenta projeto para produtores

Indústria de pellets pretende se instalar em Pinheiro Machado a partir de 2019

Por iniciativa da Associação Gaúcha dos Produtores de Florestas Plantadas (Agaflor), que tem como diretor-presidente, Paulo Benemann, produtores, técnicos e empresas parceiras, receberam, na manhã da última quinta-feira (30), os investidores da empresa Pellco, que deve se instalar em breve no município de Pinheiro Machado. 

A fábrica irá produzir pellets, um biocombustível sólido que usa como matéria-prima resíduos de biomassa vegetal. Considerado um combustível limpo, o pellet deve substituir paulatinamente os combustíveis fósseis, como carvão, petróleo e gás, a fim de reduzir as emissões de CO2 na atmosfera, um dos principais responsáveis pelo aquecimento global. 

A demanda internacional é de 60 milhões de toneladas de pellets e entre os principais compradores estão países da Europa e mais recentemente, Japão e Coréia. Além de explicar o andamento do projeto, os diretores presidente, Guilherme Batalha e técnico, Afonso Bertucci, anunciaram a assinatura dos primeiros termos de intenções com produtores da região para a produção da madeira, seja ela eucalipto, pinus ou acácia. 

Segundo eles, cerca de 100 produtores assistidos pela Emater já assinaram o termo de adesão com prazo de seis meses. Na primeira fase do projeto, a intenção é reunir 300 produtores e uma área de 56 mil hectares. “A empresa está constituída com aporte de 400 milhões de dólares e licença prévia para a construção da fábrica”, garantem. 

Nos termos de intenção já vem estabelecido o preço a ser pago ao produtor, que será o valor internacional corrigido pelo dólar, pago pela tonelada de madeira seca com casca e em pé. “O produtor não se envolve na colheita”, ressaltam. 

A negociação se dá com a madeira em pé e a colheita será por conta da Pellco. Além disso, está previsto pagamento adicional pela biomassa (pontas, galhos e tocos) e 70% da produtividade estimada fica garantida por meio de seguro. 

A reunião, realizada no Salão Nobre da Associação Rural de Pelotas (ARP), teve ainda a presença do investidor Luiz Eduardo Batalha, que assegurou a todos a seriedade do projeto. Segundo ele, trata-se da maior oportunidade que apareceu para a Metade Sul nos últimos tempos para a geração de empregos e renda para o pequeno e médio produtor. “Somos produtores de florestas energéticas, quanto mais madeira, mais vamos conseguir limpar o ambiente”, disse ao salientar que a seriedade do projeto se evidencia nas diversas parcerias estabelecidas, com a adesão de grupos do mundo inteiro. 

Inicialmente, a produção deve ser de 900 mil toneladas de pellets por ano e ao final do projeto deve chegar a 1,8 milhão de ton/ano, com o corte de cinco mil hectares de floresta. A planta industrial terá produção própria de energia, com a implantação de central termelétrica para produção de 50 megawatts (MW)/hora. Uma área de 137 hectares foi adquirida pelos investidores para a instalação da indústria, localizada ao lado da Fábrica de Cimentos da Votorantim, pela BR-293, em Pinheiro Machado. 

Entre os principais argumentos para a localização está a estrada de ferro, que passa praticamente dentro da propriedade, que servirá ao transporte até o porto de Rio Grande para exportação.

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