Crônicas do Ridgway - Nossa Praça - DiCacimbinhas

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terça-feira, 31 de março de 2020

Crônicas do Ridgway - Nossa Praça

Por Ridgway Ávila Veiga 

O silencio é cortado pelo canto de um passarinho que se equilibra no último ramo do forte e resiste cedro. Estou vazia, não de espirito, mas de seres humanos. As minhas folhas recebem os magníficos raios que se debruçam sobre elas. 

A chegada do outono carrega com sigo a minha nudez. As folhas cobrirão a terra com um tapete que sofrerá a mutação da vida. As flores mancham o verde de cores do arco íris. As estrelas que embelezam o caminho de pedras brancas se sentem solitárias. Quero ouvir o barulho dos teus passos quebrando o silencio do meu silencio. 

Ofereço as minhas sombras para refrescar a energia desnivelada, mas sem sua presença não tem sentido as sombras. Sinto a falta das crianças que arrancam, curiosas, as folhas verdes ou as pétalas das flores que mais tarde toldarão a terra com um marrom sem vida. 

Sem teu olhar minha beleza não encanta a tua alma e o meu viver se perde num infinito sem precedentes. Com tua presença me sinto amada. São teus olhos que me leva para lugares que jamais conhecerei, mas tenho certeza que serei sempre lembrada. 

Entre ruas desertas sofro a falta de tua presença sem perder a esperança que logo estaremos juntos para contemplarmos à vida.

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