A Guerra de Cacimbinhas - Apresentação - DiCacimbinhas

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quinta-feira, 2 de abril de 2020

A Guerra de Cacimbinhas - Apresentação

Esta obra tem por base fatos ocorridos no Brasil de 1915, com seus efeitos particulares sobre a então vila de Cacimbinhas, atual município de Pinheiro Machado, 350 quilômetros ao Sul de Porto Alegre. 

A mudança do nome é justamente a principal motivação das linhas que seguem, e que recorrem às técnicas investigativas próprias do Jornalismo, numa fusão com a liberdade criativa permitida na Literatura. 

É, pois, um híbrido, contado como uma linha do tempo, em que a realidade predomina, mas eventualmente se vale da ficção para preencher lacunas de registros históricos desconhecidos. “A guerra de Cacimbinhas” é, também, uma forma de levar a público circunstâncias pouco conhecidas dos episódios que, explorados exaustivamente em sua época e mesmo depois, concentraram as atenções na figura proeminente do senador José Gomes Pinheiro Machado (1851/1915), assassinado por Francisco Manço de Paiva Coimbra (1889/1969) – um antigo morador de Cacimbinhas. 

Daí resulta a mudança do nome, iniciativa isolada tomada pelo intendente provisório de então, Ney de Lima Costa, e que tanta revolta causou – e causa – a parcela significativa de quem tem vínculo de origem ou afetivo com a cidade fronteiriça. 

Em 1915, o mundo estava em guerra. Mas uma guerra particular, municipal, passou a ser vivida nesse extremo brasileiro: a maioria da população, indignada com o gesto do intendente, pegou em armas e tentou intimidá-lo a retroceder. 

Chegou a depô-lo, logo teve de admiti-lo de volta ao cargo e, a seguir, comemorou sua destituição, mas por ordens do Palácio do Governo. Jamais, porém, Cacimbinhas retornou como nome titular do município, apesar dos esforços dos que viveram a época e de uma ou duas gerações que os sucederam. 

Contar essa história sempre me pareceu uma dupla responsabilidade: como originário de famílias cacimbinhenses e como jornalista. Ainda que transitando entre o jornalístico e o literário, sua execução deu-se a partir de pesquisas extensivas, realizadas ao longo dos anos e em lugares e fontes diversas. 

Gratificante foi descobrir - como personagens paralelas e simultâneas aos acontecimentos turbulentos do início do século XX - dois jovens que enfrentaram no mesmo período as consequências de um amor proibido, mas levado às consequências definitivas. 

Cacimbinhas é a personagem central deste livro, portanto. Ao produzi-lo, faz-se uma homenagem aos cacimbinhense de ontem e aos atuais e se tenta resgatar histórica e despretensiosamente um período do Brasil até então contado apenas pela ótica oficial.

SOBRE O AUTOR 
Luiz Antônio Nikão Duarte (Porto Alegre, 1953) é formado pela PUCRS (graduação/1977, especialização, 1982 e doutorado/2012), ESPM (MBA/2002) e UFRGS (mestrado/2007). 

Exerce o Jornalismo desde 1975, com passagens pelos grupos DiárioS e Emissoras Associados, Caldas Júnior, Jaime Câmara, RBS, O Estado de S. Paulo, Sistema Jornal do Brasil; pelos Governo Federal e do Rio Grande do Sul; e ainda pelo Congresso Nacional, pela Associação Nacional de Jornais, pela Federação das Indústrias (FIERGS) e pela PUCRS. 

Professor (UnB e Uniceub, na década de 1990 e da Unisinos, na atualidade). Participou da antologia Contos de Oficina 21 (Porto Alegre: Edipuc, 1998) e escreveu os livros Redação em RP (São Leopoldo: Unisinos, 2012) e A guerra de Cacimbinhas (Porto Alegre: ComEfeito, 2015).

Clique aqui para acompanhar o livro A GUERRA DE CACIMBINHAS.

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