Até as 9h30, 22 pessoas haviam sido presas. Estima-se que em um ano, as movimentações financeiras do grupo superaram R$ 5,5 milhões.
A Polícia Civil realiza, na manhã desta quinta-feira (29), uma operação de combate ao crime organizado contra uma organização criminosa suspeita de tráfico de drogas, além de crimes como roubo, lavagem de dinheiro e homicídio, principalmente na Região da Campanha do Rio Grande do Sul.
Até as 9h30, a polícia prendeu 22 pessoas e apreendeu drogas, armas, dinheiro e celulares.
Estão sendo cumpridos 40 mandados de busca e apreensão, 27 mandados de prisão preventiva e 39 bloqueios judiciais de contas nas cidades de Pinheiro Machado, Bagé, Novo Hamburgo, Campo Bom, Salvador do Sul, Canoas, Cachoeirinha e Porto Alegre.
De acordo com a Polícia Civil, as investigações sobre o grupo começaram em 2019 após um roubo a uma propriedade rural em Dom Pedrito. O crime causou comoção na região porque as vítimas foram amarradas, agredidas e torturadas.
A polícia chegou aos autores da ação e descobriu que eles faziam parte de uma associação criminosa ligada ao tráfico de drogas.
"Desde lá, em Dom Pedrito, começamos a investigar a questão do roubo a propriedade rural. A ação chegou a alguns indivíduos e verificamos a questão do tráfico de drogas. Seguimos então as investigações e chegamos a Pinheiro Machado", destaca o delegado André Mendes.
Durante as investigações, o suspeito de ser o fornecedor de drogas para o grupo foi indiciado. Ele já estava preso e seria membro de uma facção criminosa de atuação estadual.
Atuação em Pinheiro Machado
Ao chegar no fornecedor das drogas, a polícia descobriu que o mesmo homem seria o responsável pelo fornecimento a uma associação criminosa instalada na cidade de Pinheiro Machado, na Região da Campanha. Ele comandava as ações de dentro do sistema prisional.
A polícia chegou a um grupo especializado no tráfico de drogas e crimes relacionados, e que também seria responsável por violentos roubos a propriedades rurais na cidade.
Durante a investigação, a Polícia Civil descobriu que o grupo criminoso possui atuação também em Porto Alegre e Região Metropolitana e seria responsável pelo narcotráfico, homicídios, entre outros delitos, para a manutenção do domínio na venda de drogas em Pinheiro Machado e região.
"Aqui [em Pinheiro Machado] identificamos a atuação de líderes de facções da Região Metropolitana ordenando de lá para a nossa região", destaca o delegado.
Foram identificados os suspeitos que atuam na venda e no armazenamento das drogas, assim como na organização financeira do grupo.
Estima-se que em um ano, as movimentações financeiras do grupo superaram R$ 5,5 milhões.
Foi identificado também o "braço direito" do chefe do grupo, que está atualmente no Presídio Regional de Bagé. A polícia apurou que ele é responsável por repassar orientações a traficantes de drogas na cidade.
A namorada do homem seria uma das gerentes do grupo, responsável pela organização dos contatos que agem como facilitadores, principalmente na parte financeira.
Segundo a polícia, um dos facilitadores seria o funcionário de um banco da cidade, que trabalhava com as finanças do grupo, trocando informações com os integrantes sobre as movimentações financeiras referentes ao dinheiro vindo do tráfico.
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