Por Carlitos Dutra
No início do milênio passado, os irmãos Pudico
e Cossé, se estabeleceram
com comércio, na esquina
da Praça Central, (Dutra de
Andrade com Sete de Setembro) passado alguns anos esse comércio foi adquirido pelos irmãos
Antôninho e Arnô Ratto, este um Sr. baixinho, simpático e de fino trato,
sempre de terno e gravata
e possuidor de boa cultura.
Tinha o hábito de referir-se à aqueles que por ventura não simpatizasse
de "mentecapto."
(Tive o prazer de conviver
com Seu Arnô, eu iniciando
minha vida e ele já no fim da sua.).
Comércio esse que como era comum antigamente
possuía de tudo um pouco,
desde secos e molhados, passando por armas, munição, ferragens,
vestuário, sapatos, óculos de grau, etc.
A loja do Sr. Arnô, possuía
um longo balcão em toda sua extensão, e como era usado "papel pardo" para
embalar as mercadorias
comercializadas, existia sempre massos desse produto sobre o balcão, e
consequentemente para que não voassem com o
vento eram prensados com um peso (A PEDRA).
Pedra que segundo relato
do Sr. Arnô, permaneceu por mais de 70 anos sobre
o balcão cumprindo sua
finalidade, (o comércio foi fechado no final da década de 70) nesse forte e saudoso comércio nas Cacimbinhas.
Quando seu Arnô, já aposentado, decidiu por construir um sobrado, ao lado de sua residência na
Rua Dr. Arruda (infelizmente
foi demolida), solicitou
ao construtor que fosse colocada essa PEDRA na
fachada desse prédio, onde
permanece até nossos dias.
Essa outra pedra branca e ovalada pelo desgaste do uso, serviu para calçar uma das portas desse comércio Cacimbinhense, certamente
deve ter a mesma idade
da que prensava os papéis, também encontra-se bem preservada e guardada como uma relíquia.
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