Nesta semana foi protocolado na Câmara Municipal Projeto de Lei nº 19/2020 o qual o Executivo Municipal busca autorização para proceder com a
venda na Bolsa de Valores (B3) das ações que o Município possui como acionista da
Companhia Estadual de Energia Elétrica do Rio Grande do Sul – CEEE.
Se aprovado ficará o Executivo autorizado a contratação de serviços de corretora para atuação na
Bolsa de Valores e o pagamento destas e outras despesas que se fizerem necessárias
para a realização desta transação.
Os recursos obtidos com a venda das ações, deverão ser contabilizados e utilizados como recurso livre do Município.
Na justificativa do Projeto o Prefeito Zé Antônio (PDT), explicou que
o Município possui ações do Grupo CEEE de longa data, e,
somente em 2018 e 2019 a Companhia resolveu proceder à distribuição de lucros entre
os acionistas.
"Os valores distribuídos são irrisórios frente à arrecadação da companhia
e, além disso, não faz mais sentido o Município continuar sendo acionista de uma
empresa de geração de energia elétrica. Dessa forma, tendo em vista a previsão catastrófica de redução da
arrecadação do Município nos próximos meses em decorrência da quebra na colheita
do soja em face da estiagem, bem como, com a redução de consumo e serviços
prejudicados pela pandemia de coronavírus (COVID-19); o Município se vê forçado a
buscar alternativas de receita, sendo uma delas a venda dessas ações", frisou.
Zé ressaltou ainda que o mercado de energia junto à Bolsa de Valores está aquecido em razão
do interesse dos chineses na aquisição de empresas nessa área, sendo assim, é uma
boa oportunidade de o Município obter valores melhores na venda dessas ações nesse
momento.
"Como tais ações são capital patrimonial do Município, faz-se
necessária a autorização legislativa para a venda. Estima-se que o Município poderá
arrecadar em torno de R$ 400.000,00 (quatrocentos mil reais) com essa venda, em
razão da quantidade de ações que possui e o valor atual delas na Bolsa de Valores.
Em razão dos prazos a serem cumpridos, tendo em vista da necessidade
de aproveitar o momento de valorização do mercado nessa área, e, em razão da
necessidade de obtenção no curto prazo de recursos para auxiliar no equilíbrio das
finanças públicas em decorrência dos fatores acima elencados, requer-se, desde já,
seja o presente apreciado em regime de urgência", explicou e solicitou o Prefeito.
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