Plano apresentado pelo governo do Rio Grande do Sul sugere retorno a partir de 31 de agosto
Uma pesquisa da Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs) mostrou a visão dos prefeitos gaúchos sobre a retomada das aulas. No plano apresentado pelo Governo do Estado, as escolas reabririam a partir de 31 de agosto, com a volta dos estudantes do Ensino Infantil. Os ensinos Superior, Médio e Fundamental II voltariam em setembro. Já os anos iniciais do Ensino Fundamental teriam as aulas presenciais retomadas em outubro.
No levantamento junto às prefeituras, a Famurs observou que a maioria dos municípios é contra o calendário do Palácio Piratini. Foram ouvidos 409 dos 497 prefeitos do Estado. Desse total, 94% discordam da proposta. Parte dos gestores diz esperar uma vacina contra a Covid-19 e a diminuição dos casos da doença para a retomada das aulas. Outra parcela só considera viável reabrir as escolas em 2021.
Avaliação da Famurs
O presidente da Famurs e prefeito de Taquari, Maneco Hassen, avalia que não deve haver diferenças entre as redes pública e privada. “Há uma manifestação muito forte de todos os prefeitos e prefeitas do Estado da impossibilidade do retorno às aulas neste momento”, afirmou. “E um dado também importante da pesquisa é que 86% dos prefeitos e prefeitas que já responderam acham que a educação pública e privada devem voltar ao mesmo tempo”, prosseguiu o presidente da Famurs.
Segundo Maneco Hassen, os gestores municipais ainda acreditam que os últimos a voltar às aulas devem ser os estudantes mais jovens. “Há também, no calendário proposto pelo Governo do Estado, segundo a visão dos prefeitos e prefeitas, uma inversão”, observou. “Os prefeitos estão sugerindo que, quando retornar, se retorne primeiro pela educação Superior, que, evidentemente, é formada por alunos de mais idade e tem melhores condições de seguir os protocolos e as medidas de prevenção”, completou o representante da Famurs.
Os prefeitos elencam como principal problema para o retorno o risco enfrentado por alunos e professores. Outras questões levantadas são as dificuldades envolvendo o transporte escolar, o fornecimento de equipamentos de proteção, a falta de servidores e o elevado número de casos de Covid-19. A pesquisa da Famurs deve ser concluída nesta segunda-feira. O estudo completo deve ser apresentado ao Governo do Estado na quarta-feira (19).
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