Após novo anúncio do governador Eduardo Leite sobre a retomada das aulas no Rio Grande do Sul a partir da próxima segunda-feira (20/10), o presidente da Famurs e prefeito de Taquari, Maneco Hassen, reitera a posição da Famurs, que mantém a sua recomendação de não retorno às aulas.
De acordo com Hassen, a Famurs mantém a sua posição respeitando os municípios que, por ventura, tomarem decisão contrária baseada na sua realidade local.
“Não é de bom tom o fato do governo do Estado condicionar o retorno de outras atividades ao retorno das aulas. A situação, inclusive, contraria o próprio discurso do governador de respeitar a autonomia dos municípios, dita por ele quando anunciou o calendário escolar há cerca de 30, 40 dias atrás”, pontua Hassen.
Para o presidente, não há comparação entre as atividades, pois cada uma possui as suas peculiaridades e protocolos específicos, como a educação.
“Até então, temos autonomia e a liberdade de formalizar um decreto mais rigoroso em relação às atividades escolares presenciais, ressalta Maneco, que considera a retomada das escolas privadas dos municípios mais viável que as instituições públicas.
Para ele, “com a melhor estrutura dessas escolas, há melhor condição para aderir aos protocolos sanitários, não só pensando na instituição de ensino, mas também fora dela, como o transporte escolar, determinante para a volta às aulas”, comenta.
A Famurs mantém as orientações destacadas na última nota pública referente a volta às aulas e o condicionamento da liberação das atividades do Rio Grande do Sul, reiterando a orientação de não retomada das atividades escolares presenciais enquanto não houver segurança para toda a comunidade escolar, bem como garantir cumprimento integral da legislação e protocolos e manter as atividades remotas de ensino conforme vem ocorrendo até o momento.
Maneco Hassen destaca que haverá nova reunião com o governador Eduardo Leite na próxima semana. Na oportunidade, a Famurs deve cobrar a revisão de alguns pontos do anúncio do governador.
“Esperamos que a decisão seja revertida e a autonomia dos municípios possa ser respeitada, e que o governo mantenha o bom diálogo que tem tido conosco até o presente momento”, salienta.
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