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quinta-feira, 11 de março de 2021

Cogestão deve ser retomada, adianta governador

O governador Eduardo Leite anunciou, na quarta-feira, dia 10, durante agenda na primeira edição do ano do Tá na Mesa, reunião-almoço promovida pela Federação de Entidades Empresariais do Rio Grande do Sul (Federasul), que a cogestão no sistema de Distanciamento Controlado deve ser retomada, possivelmente com atualização dos protocolos de bandeira vermelha, a partir do dia 22, se os dados de contaminação e internações seguirem a projeção de melhora com as restrições atualmente em vigor. 

Para tanto, porém, Leite frisou que novas reuniões serão feitas nos próximos dias, com deputados, prefeitos e entidades, para analisar os dados e discutir como avançar nas regras estabelecidas.

Ao palestrar sobre Competitividade – O papel do Poder Executivo na melhoria do ambiente de negócios e da prestação de serviços públicos no Rio Grande do Sul, o governador apresentou dados do monitoramento dos casos de Covid-19 no Estado e da alta nas internações hospitalares, que foi o principal motivador das recentes medidas mais restritivas, com suspensão geral de atividades não essenciais entre 20h e 5h e também da cogestão, que permitia aos municípios a adoção de protocolos menos rígidos do que os de bandeira preta.

“Queria tratar apenas de competividade, mas não tem como não tratarmos também da pandemia. Hoje, marca um ano do primeiro caso de coronavírus no Rio Grande do Sul. No ano passado, com o que acontecia em outros países, entramos num movimento de paralisação com receio do que iria vir, e não se sabia como sair daquela situação. Por isso, criamos modelo do Distanciamento Controlado, de forma pioneira no Brasil e construído do zero, com 11 indicadores, medidos em cada uma das 21 regiões, para estabelecer ações nos locais, no tempo e na proporção necessária. Desde então, fizemos isso com critérios de saúde, critérios econômicos e diálogos com prefeitos, tendo bons resultados ao longo de 2020”, iniciou Leite.

Diante do questionamento do presidente da Federasul, Anderson Trautman Cardoso, representando entidades empresariais e o setor do comércio não essencial, Leite afirmou que a adoção de medidas mais restritivas se faz necessária enquanto o RS vive o momento mais crítico desde o início da pandemia, mas que trabalha e dialoga para reestruturar as medidas, conforme a situação sanitária melhorar. 

“O vírus só vai ser parado com a vacina, então enquanto a gente não consegue parar o vírus, precisamos parar o meio de transporte do vírus, que são as pessoas. Na medida em que pudermos observar que a taxa de contágio esteja menor, queremos dar passos com segurança na liberação de atividades nos diversos setores econômicos”, afirmou.

Leite lembrou de várias das ações feitas pelo governo para reduzir o custo da máquina pública, reequilibrar as condições fiscais e aumentar os investimentos por parte do Estado. 

Conforme ele, isso é fundamental para ampliar a competividade. O governador ainda falou de medidas que estão no planejamento da sua gestão, como novas concessões, parcerias público-privadas e privatizações, além de outras propostas para serem levadas à Assembleia, como um novo debate do sistema tributário. 

“Seguiremos abertos ao diálogo, construindo as melhores soluções, com responsabilidade no lado sanitário, porque a prioridade é e sempre será salvar vidas, mas do lado econômico também, porque compreendemos o impacto que tem para a nossa população”, concluiu o governador.

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