A Frente Parlamentar da Mineração e do Polo Carboquímico na Região da Campanha, presidida pelo deputado estadual Paparico Bacchi (PL), foi oficialmente instalada pela Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul na segunda-feira (8), em ato solene na Câmara de Vereadores de Candiota. Prefeitos, vereadores, lideranças comunitárias, sindicais e empresariais de Candiota, Aceguá, Bagé, Caçapava do Sul, Dom Pedrito, Hulha Negra, Lavras do Sul, Pinheiro Machado, Pedras Altas e Herval, participaram do encontro que marcou o início dos trabalhos da iniciativa que tem apoio de outros 19 parlamentares para ampliar o debate e avaliar o futuro da geração energética a partir das usinas termelétricas no Estado.
Recepcionado pelo diretor presidente da Companhia Riograndense de Mineração (CRM), engenheiro Melvis Barrios Júnior, o deputado Paparico Bacchi visitou a maior jazida de carvão mineral do Brasil. O local tem 3.500 hectares da área requerida para exploração, com produção de 160 mil toneladas de carvão por mês.
Na ocasião, foi destaque a relevância da matriz energética que é essencial para o abastecimento elétrico em mais de 80 países.
“A frente parlamentar que Assembleia Legislativa consolidada a partir da minha proposta é mais profunda do que parece ser. No Rio Grande do Sul, 20% de toda energia elétrica do Estado é produzida a partir do carvão mineral – que movimenta quatro bilhões de reais por ano e gera mais de 10 mil empregos diretos e indiretos”, ressaltou Paparico Bacchi.
De acordo com o parlamentar é importante que o tema não seja restrito a vieses ideológicos. “Vamos estabelecer um canal de diálogo capaz de expandir a competitividade e a produtividade da mineração e da indústria carbonífera. Especialistas destacam que o carvão vai continuar por décadas como base fundamental na produção energética mundial e há tecnologia disponível para reduzir os danos ao meio ambiente”, salienta Paparico Bacchi.
“O ouro negro que aqui está é três vezes maior que o pré-sal. Esta causa tem que ser elevada a outro patamar para gerar energia, desenvolvimento e empregos”, afirmou o prefeito de Candiota, Luiz Carlos Folador.
No seu discurso, o prefeito de Lavras do Sul, Sávio Prestes, foi enfático ao afirmar que uma hora vai faltar petróleo no planeta.
“O grande substituto do combustível fóssil na terra para manter muitas atividades industriais é o carvão. Na quebra da sua molécula é possível produzir inúmeros combustíveis e subprodutos a partir do refino. É inadmissível que no século 21 a gente encontre pessoas leigas que sejam contra uma atividade que sustenta a vida dos habitantes nesta terra. Há mineração em tudo. Na placa mãe do smartphone que utilizamos há no mínimo 42 metais. Tem mineração em cada veículo, no pneu dos carros, no telhado das casas e prédios, na fivela do cinto dos senhores e também nas bolsas das senhoras que estão presentes aqui neste ato”, destacou Prestes.
Desenvolvimento sustentável
Ao formalizar o lançamento da frente parlamentar, o deputado Paparico Bacchi salientou que ao longo dos anos o setor evolui com as novas tecnologias para redução continua dos impactos ambientais, incrementando segurança no processo de produção – desde a extração até a queima – reforçando o compromisso com o desenvolvimento sustentável.
“Os trabalhos da frente parlamentar devem somar esforços e apresentar novas iniciativas convergentes com a Política Estadual do Carvão Mineral que instituiu o Polo Carboquímico do Rio Grande do Sul (Lei 15047/2017). Trago aqui esperança e coragem para incentivar o uso diversificado do carvão, que pode reduzir inclusive a dependência externa de insumos agropecuárias e industriais”, afirmou Paparico Bacchi.
De acordo com o parlamentar, aproximadamente 90% das reservas de carvão mineral são localizadas em solo gaúcho.
“Não é possível que o Brasil, rico em recursos naturais, seja tão dependente de insumos e matérias-primas externas”, salienta o deputado estadual que é líder da bancada do Partido Liberal na Assembleia Legislativa.
“Em contraponto com exemplos mundiais, a produção de energia térmica brasileira não chega a 2%. Por exemplo na China e outros países a produção de energia com base no carvão chega a 40%. A maior miséria é falta de comida na mesa do cidadão e essa matriz energética é o que garante a vida digna de milhares de famílias da nossa região” destacou o presidente da Câmara de Vereadores de Candiota, Gildo Feijó.
O presidente da frente parlamentar em defesa do carvão na Câmara de Vereadores de Candiota, Guilherme Barão, disse que a mineração não tem bandeira política.
“Aqui existe a união de pessoas em busca do desenvolvimento da metade sul do Estado que depende da mineração”, afirmou o vereador.
O presidente do Sindicato dos Mineradores de Candiota, Hermelindo Ferreira, também destacou que o desenvolvimento econômico da região só será impulsionado por meio da união de forças políticas na busca de incentivos e investimentos públicos no potencial mineral na Região da Campanha.
Também participaram do ato solene o vice-prefeito de Caçapava do Sul, Luiz Carlos Guglielmin; o vice-prefeito de Candiota, Paulo Roberto Brum Correa; o vice-prefeito de Herval, Celso Silveira; o vice-prefeito de Lavras do Sul, Sérgio Santos; o presidente da Câmara de Vereadores de Caçapava do Sul, Paulo Pereira; a vereadora de Caçapava do Sul, Jussarete Vargas; os vereadores de Candiota, Marcelo Gregório e Hulda Alves; a vereadora de Hulha Negra, Tanira Ramos dos Santos Martins; o presidente do Sindicato da Indústria do Calcário do Rio Grande do Sul (Sindicalc), Carlos Cavalheiro; o diretor executivo do Sindicalc, Roberto Zanberlan; o representante da diretoria da Águia Fosfato de Lavras do Sul, Diego Boeira; e o representante do jornal A Palavra Luiz Carlos Machado.
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