O ano de 2021 foi marcado, em Bagé e região, por ações intensas da Polícia Civil no combate ao crime organizado.
A reportagem conversou com o titular da 9ª Delegacia Regional de Polícia, delegado regional da Polícia, Luís Eduardo Benites. Ele fez uma análise das ações realizadas pela corporação no ano que está terminando.
O delegado disse que, para a Polícia Civil, 2021 foi bastante tumultuado: houve um aumento de homicídios no início do ano - com uma série de fatos e mortes que não tinham relação ao tráfico de drogas.
O ano deve fechar com 12 homicídios somente em Bagé. Segundo ele, todos com autorias identificadas. "Então, 12 homicídios é número aceitável para uma população acima de 120 mil habitantes, que é o caso do Bagé", argumentou.
Em relação aos crimes patrimoniais, segundo o delegado, foi um ano relativamente tranquilo em Bagé.
Benites falou que não houve fatos de maior repercussão no âmbito da criminalidade, como assaltos, roubos, latrocínios. Porém frisou que tiveram fatos de maior gravidade de violência contra mulher, contra crianças.
Conforme Benites, ao longo do ano, foram realizadas várias operações policiais em Bagé, Pinheiro Machado, Dom Pedrito, Lavras do Sul e São Gabriel, que é o segundo maior município pertencente a 9ª região da Polícia Civil. Segundo ele, foram operações grandes, médias e de pequeno porte.
"Pessoal desaforado"
Um dos municípios da região mais violento - Dom Pedrito - registrou queda da criminalidade este ano. Os índices de homicídios eram superiores a Bagé. Com ação forte da Polícia Civil, a Capital da Paz vive na tranquilidade, com zero homicídios. "Isso é um aspecto muito positivo para a comunidade daquele município", pontuou.
Recentemente, aconteceu, em Dom Pedrito, a Operação Fênix, que desarticulou criminosos que tinham policiais como alvos.
O delegado disse que Dom Pedrito tem recebido muitas células do crime organizado - algumas facções acabam se instalando na cidade para intensificar o tráfico de drogas. Benites relatou que a polícia vem há dois anos combatendo esses criminosos.
"Isso acaba tendo reflexo e os policiais sendo ameaçados, porque esse pessoal é desaforado. Mas isso não intimida a polícia. Quando eles aumentam o tom, nós aumentamos mais ainda", asseverou.
De acordo com o delegado, a Operação Fênix foi uma resposta aos criminosos. Garantiu que os policiais de Dom Pedrito não estão isolados.
E avisou que sempre que os criminosos tentarem fazer qualquer tipo de ação, a polícia vai intensificar cada vez mais a repressão ao tráfico e as ações criminosas que ocorram em Dom Pedrito e região.
"Se eles vierem tentar confrontar o Estado (Polícia Civil), eles vão ter resposta contra qualquer tipo de ação contra nossos agentes e as comunidades que trabalhamos", alertou.
Efetivo reforçado
Benites disse que, com a chegada de novos policiais, foi possível fazer uma reposição de efetivo, porque as demandas têm sido significativas na região.
Citou que a atuação da polícia, hoje, é no campo, no combate a violência contra a criança, atos infracionais praticados por adolescentes, crimes contra a mulher, crimes ambientais e mais os problemas urbanos, que são os furtos, roubos, homicídios e tráfico. "O campo de atuação da polícia é muito amplo", acentuou.
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