A qualidade do material utilizado na obra de recuperação da ERS-608 entre as cidades de Pinheiro Machado e Pedras Altas voltou a ser criticada na última sexta-feira (14). O calor era tanto, que o asfalto estava se soltando. Para verificar o problema e buscar possíveis soluções, uma equipe do Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer) esteve no local.
A reclamação sobre o "derretimento" do pavimento partiu do prefeito de Pedras Altas, Bebeto Perdomo (PP).
Segundo ele, veículos que passam pelo trecho saem com parte da camada asfáltica grudada nos pneus. Além disso, pedestres também estariam ficando com o material preso nos calçados.
"É um deboche com o dinheiro público o que fizeram aqui nesses 11 quilômetros. O asfalto está derretendo", reclama.
Indignado, o chefe do Executivo diz que, após anos de cobranças pela realização da obra, o serviço feito e o material utilizado são de "péssima qualidade". "Tem menos de um mês que a empresa entregou e já está nessa situação. Ficamos com as migalhas."
Daer diz estar resolvendo
Responsável pela obra, o Daer informou em nota que uma equipe do departamento esteve no local na sexta-feira para averiguar a situação do pavimento. Além disso, ações para solucionar o problema já estariam sendo realizadas e devem ser concluídas até segunda-feira. O órgão ainda afirma que as medidas não terão custos adicionais para o Estado.
Segundo o Daer, atualmente os serviços estão sendo realizados em segmentos pontuais do trecho com a recuperação de base, tapa-buracos, remendos localizados e revestimento em tratamento superficial, conforme a necessidade.
A nota diz ainda que as intervenções contemplam os 11 quilômetros e têm como objetivo reestabelecer as condições de trafegabilidade. Após a execução dos serviços, ainda no primeiro trimestre deste ano, o trecho receberá sinalização horizontal e vertical.
Esperada há anos pela comunidade local, a obra entre os quilômetros 20 e 31 da ERS-608, recebeu R$ 4 milhões em investimentos do governo estadual. O recurso foi destinado para a renovação do asfalto do trecho entre Pinheiro Machado e Pedras e o patrolamento dos demais 23 quilômetros que ligam até a cidade de Herval. A expectativa inicial era de concluir as operações em até dois meses, o que acabou não se concretizando. Até dezembro do ano passado, 90% do cronograma havia sido executado.
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