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segunda-feira, 9 de maio de 2022

SUS contará com o primeiro medicamento para casos leves de covid-19


O Sistema Único de Saúde (SUS) vai contar com mais uma opção de tratamento para a covid-19. Na última sexta-feira (06), uma publicação no Diário Oficial da União oficializou a incorporação, por parte do Ministério da Saúde, de um antiviral para casos leves na rede pública. 

A partir de agora, também será possível receitar o composto nirmatrelvir e ritonavir, cujo nome comercial é Paxlovid. 

O Paxlovid, fabricado pela Pfizer, que foi recomendado pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec), é indicado a pacientes com 18 anos ou mais imunocomprometidos, seguindo os mesmos critérios usados para prioridade na vacina contra a covid-19, ou para pessoas com 65 anos ou mais. 

Dados da farmacêutica apontam 89% de eficácia na prevenção de hospitalizações e mortes em pacientes com alto risco de infecção e agravamento da doença. Ele pode ser receitado para casos leves a moderados da doença, com risco de evoluir para complicações, a pacientes que não estejam hospitalizados. 

O uso do medicamento será apenas para quem teve o diagnóstico confirmado (não pode ser usado como prevenção da doença) e em até cinco dias após o início dos sintomas. O uso não é recomendado a mulheres gestantes; O prazo para o tratamento ser ofertado na rede pública é de até 180 dias, ou seja, seis meses. 

A cada um ano, o fornecimento do antiviral pelo SUS será reavaliado. O uso emergencial do tratamento foi aprovado no final de março pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). 

Como funciona 
De acordo com a Conitec, o nirmatrelvir é uma molécula inibidora de uma importante enzima do SARS-CoV-2. Com isso, o medicamento impede que o vírus se prolifere, tendo, assim, uma potente atividade contra o vírus da Covid-19 e outros coronavírus. 

Já o ritonavir, por sua vez, inibe a ação de uma enzima que degrada o nirmatrelvir. Com isso, colabora para que o nirmatrelvir fique por mais tempo disponível na corrente sanguínea, o que potencializa a sua ação. 

Casos graves 
Para casos graves de covid-19, ainda em abril, o Ministério da Saúde já havia decidido incorporar o Baracitinibe, da farmacêutica Eli Lilly. 

O medicamento já era usado pelo SUS para tratamento de artrite reumatoide. O Baricitinibe também é usado em casos de dermatite atópica. 

Fonte: GZH

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