No mês de março, uma comitiva formada pelo vice-prefeito Rogério Gomes de Moura e a chefe de gabinete Lóren Pinto Ferreira estiveram juntamente com lideranças do Consórcio Cideja participando de audiência com o subcomandante-geral da Brigada Militar do RS, coronel Douglas da Rosa, buscando informações de como proceder para que uma Patrulha Maria da Penha passasse a atuar nos municípios do Cideja.
Integraram a comitiva a vereadora Hulda Alves, do município de Candiota e a secretária executiva do Cideja, Liziane Jardim.
De acordo com o vice-prefeito Rogério Moura, no encontro foi informado que haviam Patrulhas Maria da Penha em Bagé e Pelotas.
“E que deveríamos entrar em contato com os comandantes da Brigada Militar destes municípios para buscar que os mesmos ampliassem o atendimento para os municípios que compõem o consórcio, o qual nosso município de Pinheiro Machado faz parte”, explica Rogério.
Já no mês de abril os comandantes estiveram em Pinheiro Machado para debater sobre o assunto.
Na oportunidade, os comandantes da Brigada Militar informaram sobre o déficit no efetivo policial e que a intenção do Governo do RS não era criar novas Patrulhas e sim investir na capacitação dos policiais existentes para realização dos atendimentos relacionados coma violência doméstica.
Para alegria do governo municipal e também da comunidade pinheirense, na semana passada o comandante do 4º Pelotão, o Sargento Maicon Pereira Madruga confirmou que duas policiais militares do quadro de Pinheiro Machado concluíram a capacitação.
“Agora o município pode contar com as policiais militares femininas Roberta Bordagorry e Meriane Costa, pertencentes ao efetivo da Brigada Militar de Pinheiro Machado que concluíram o curso de capacitação Patrulha Maria da Penha e, portanto, estão aptas para prestar atendimento especializado no Município”, informou Maicon.
A chefe de gabinete Lóren Pinto Ferreira, que esteve na linha de frente pela busca da patrulha em Pinheiro Machado explica que a mesma tem se mostrado um serviço de utilidade pública, servindo para que as mulheres tenham uma maior segurança no âmbito de suas casas, nas ruas com seus filhos, sem ter medo de que seu agressor tenha acesso a elas, voltando a ter uma vida digna, cidadã, como uma mulher livre.
“Além de proteger as mulheres que possuem alguma medida protetiva, a patrulha serve para alertar as outras mulheres e dar confiança para que elas denunciem, não se calem diante da violência sofrida”, destaca a chefe de gabinete Lóren Pinto Ferreira.
SOBRE A PATRULHA MARIA DA PENHA
Precursora no país, a Patrulha Maria da Penha é uma das conquistas trazidas pela lei que tornou mais rígida a punição para os casos de violência doméstica.
O projeto foi criado em outubro de 2012, pela Brigada Militar. Sua atuação teve início junto ao 19º Batalhão de Policia Militar, na Lomba do Pinheiro, em Porto Alegre.
A Patrulha, formada por policiais militares capacitados para atender esse tipo de demanda, visita a vítima e presta o atendimento no pós-delito. Se necessário, também monitora o agressor.
Entre suas atribuições estão identificar os casos mais graves, fiscalizar o cumprimento das Medidas Protetivas de Urgência (MPU), orientar e esclarecer as dúvidas das vítimas, realizar rondas periódicas, atuando preventivamente, confeccionar certidões que integrarão os inquéritos e informar a vítima quando seu agressor é colocado em liberdade.
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