Na última semana o vice-prefeito Rogério Gomes de Moura e o secretário de Administração Alex Camacho, participaram de reunião binacional, no município de Aceguá, que contou com a presença de lideranças políticas do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental dos Municípios da Bacia do Rio Jaguarão (CIDEJA), para tratar sobre a possibilidade da contratação de médicos do país vizinho para suprir a demanda das cidades da chamada zona de fronteira.
O encontro contou com a presença da cônsul uruguaia Ana Maria Bombau Zappettini e do Vice-Cônsul do Brasil no Uruguai, Aluisio Reinaldo Moura Silva.
Conforme explicado, o decreto federal de 2010 permite que nos municípios em cidades vizinhas os médicos possam, por meio de termo de cooperação, atuarem em cidades que estão ao lado do Uruguai.
Desta forma foi criada uma comissão buscando incluir neste decreto municípios em faixa de fronteira (aqueles até 150 quilômetros da fronteira), ou seja, Pinheiro Machado, Cerrito, Piratini, Candiota, Hulha Negra, por exemplo.
Importante frisar que, atualmente, os municípios que não possuem uma universidade estão com uma grande dificuldade para encontrar médicos. Em Pinheiro Machado dois processos seletivos se apresentaram desertos.
De acordo com o vice-prefeito, Rogério Gomes, a intenção do grupo é dividir a responsabilidade com o Ministério Público, o Tribunal de Contas do Estado do RS, o Ministério da Saúde, a Assembleia Legislativa, o poder judiciário, a Secretaria Estadual de Saúde, o Conselho Estadual da Saúde, o Conselho Federal de Medicina e o CRM, provocando a sociedade civil organizada para que olhem para este problema, onde a saúde é um direito fundamental, mas os municípios não estão conseguindo contratar, pois não há interessados, o que é um problema nacional.
Recentemente o grupo debateu com representantes do Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Sul (CREMERS), buscando encaminhar as demandas dos municípios para a direção do Conselho.
Nesta reunião ficou definido que o órgão irá se mobilizar para ajudar os municípios nas solicitações, que é o agendamento de uma reunião em Brasília com a comissão que trata dos médicos de fronteira.
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