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quinta-feira, 25 de agosto de 2022

Pais cobram respostas para o desaparecimento do filho


Os pais de Ailton José Muller, 30 anos, vivem angustiados há 56 dias. O rapaz, que trafegava em um veículo acompanhado por outra pessoa, foi levado pela correnteza do Arroio Candiota, quando os dois atravessavam a ponte da Coreia. O fato aconteceu na madrugada de 29 de junho e nunca mais Muller foi encontrado. 

A outra pessoa que estava no veículo conseguiu escapar ilesa. Depois de uma mobilização dos bombeiros nas buscas, os trabalhos foram encerrados no início deste mês. 

Na tarde de ontem, a reportagem conversou com os pais de Muller. Eles são pequenos agricultores residentes na 1ª Zona de Pinheiro Machado. O casal fez um desabafo ao dizer que não sabe mais o que fazer para encontrar o filho. 

A mãe dele, Juvita Muller, 61 anos, contou que está desesperada atrás de informações do filho. 

"Não consigo entender porquê que os bombeiros encerraram as buscas sem localizar ele", questionou. 

Mesmo com a buscas suspensas, a mãe confidenciou que a família segue indo até as margens do arroio com a esperança de encontrar o filho. 

"Só nos resta esperar porque não sabemos o que fazer e estamos desesperados", disse. 

Criança não sabe 
Juvita contou que Ailton Muller tem um filho de 5 anos, que mora com a mãe. Segundo ela, a família não contou para o pequeno sobre o desaparecimento do pai e que a mãe da criança vai esperar ele crescer mais para depois contar o que aconteceu - caso o pai não pareça. 

"Queremos respostas" 
A mãe do rapaz falou que, até agora, a família foi ouvida apenas por uma inspetora da Polícia Civil de Candiota e não pelo delegado responsável. "A única coisa que nós queremos é uma solução para esse caso porque estamos desesperados e queremos respostas", asseverou. 

Segundo o pai do rapaz, Denildo Muller, 63 anos, a polícia disse que foi um acidente. "Mas eu pergunto se foi acidente, porque encerraram as buscas e o meu filho não foi localizado. Está sendo muito difícil para toda a nossa família essa situação. A única coisa que queremos é a verdade sobre o que aconteceu com o nosso filho", cobrou. 

Denildo falou que a família teve todo apoio da Defesa Civil e da Prefeitura de Candiota durantes as buscas para encontrar o filho. 

O que diz o delegado 
O delegado Cristiano Ritta, que responde pela delegacia de Candiota, disse que a polícia está esperando o laudo do Instituto Geral de Perícias. E afirmou que, até o momento, a polícia trata o caso como um acidente, não tendo indícios de nenhum crime. O delegado falou que conversou com a mãe de Muller, por telefone, algumas vezes.

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