A transmissão comunitária da varíola do macaco (Monkeypox) no Rio Grande do Sul foi confirmada nesta quinta-feira pela Secretaria da Saúde (SES). Essa situação ocorre quando não é possível identificar a origem da infecção.
Porto Alegre havia declarado este tipo de transmissão da doença na última sexta-feira, medida já adotada por outros municípios.
Em 22 dos casos confirmados no Estado, até o momento, em diferentes municípios, a notificação não relata histórico de viagem ou contato com caso confirmado.
Embora em alguns desses a investigação epidemiológica ainda esteja em andamento, o governo estadual entende que a transmissão comunitária no território do Estado já pode ser definida como existente. Atualmente o Estado tem 54 casos confirmados e 255 casos em investigação.
Sobre a doença
A monkeypox é causada por um vírus. Foi diagnosticada e identificada na década de 1960 primeiro em macacos, por isso ficou conhecida como “varíola dos macacos”.
Essa doença tem caráter endêmico em alguns países da África Central e da África Ocidental.
Ao longo da história da saúde pública mundial, houve surtos em alguns países, como, por exemplo, nos Estados Unidos, mas com poucos casos.
Neste ano foi identificado o primeiro grande surto em países não endêmicos, ou seja, países que não são da África Central e da África Ocidental, com circulação sustentada do vírus.
Transmissão, prevenção e tratamento
A principal forma de transmissão é por meio do contato pele com pele, secreções ou por objetos pessoais do paciente infectado.
O período de incubação (tempo entre o contágio e o aparecimento de sintomas) é geralmente de seis a 13 dias, mas podendo chegar a 21. Inicialmente a pessoa apresenta febre, dor de cabeça intensa, dor nas costas e inchaço nos linfonodos (pescoço, axila ou virilha). Lesões na pele costumam surgir mais frequentemente na face e extremidades.
Considerando que a transmissão ocorre por contato direto prolongado com pessoas infectadas ou por objetos contaminados (como toalhas, lençóis, talheres), recomendam-se como formas de prevenção o isolamento dos doentes (com uso de máscara) e a intensificação de medidas de higiene individuais (lavagem de mãos) e ambientais (desinfecção de superfícies de toque do paciente).
Os pacientes diagnosticados devem receber líquidos e alimentos para manter o estado nutricional adequado e manter as lesões cutâneas limpas e secas.
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