Mesmo com as chuvas que caíram nos últimos dias, os municípios do sul do Estado seguem contabilizando os prejuízos da estiagem que atinge a região pelo terceiro verão consecutivo.
Conforme o gerente regional da Emater, Ronaldo Maciel, a média de chuvas na região entre os dias 9 e 15 de janeiro foram de 54,3 milímetros e não auxiliaram a reverter os prejuízos, pois a maioria é irreversível. “O que ocorreu é que estas chuvas irão propiciar o plantio de áreas de soja que ainda aguardavam serem implantadas, o que chega a 2,5% da área total prevista”, observa.
Ele destaca ainda que as chuvas apresentaram índices diferentes dentro dos próprios municípios.
“Com isto, os problemas de umidades não foram sanados em muitas regiões. A chuva ocorrida apenas amenizou a situação, logo são necessárias mais chuvas até o final do ciclo das culturas de verão, entre o final de março e início de abril”, explica.
A Emater Regional segue contabilizando os prejuízos, principalmente no campo, que já ultrapassam R$ 723, 6 milhões.
Até a tarde desta segunda-feira, 13 municípios da região (Arroio do Padre, Arroio Grande, Canguçu, Capão do Leão, Cerrito, Herval, Jaguarão, Morro Redondo, Pedras Altas, Pedro Osório, Pinheiro Machado, Piratini e São José do Norte) já haviam solicitado a Emater a confecção do laudo necessário para a solicitação de emergência.
O maior prejuízo registrado foi em Jaguarão, na fronteira do Uruguai, com mais de R$ 213 milhões.
Em média, foram perdidos na região 35% da safra de milho silagem, 35% da safra de abóbora cabotiá, 30% do milho grão, 30% do leite, 25% do feijão 15% da soja, 15% dos bovinos de corte.
Conforme o Secretário de Desenvolvimento Rural do Município, Lindolfo Roberto Holdefer o maior prejuízo é no cultivo da soja. “Em Jaguarão são 48 mil hectares de área cultivada, foi perdido 35%, o que equivale a R $150 milhões. Na sequência vem a pecuária com cerca de R$ 44 milhões”, enumera.
Ele conta que a última chuva volumosa em Jaguarão ocorreu em 22 de setembro do ano passado, quando choveu 55 milímetros.
“Depois foram só pancadas isoladas. A Prefeitura leva água para cerca de 80 famílias desde novembro. Já foram disponibilizados 74 mil litros. O lado do município que vai para a cidade de Herval é o mais prejudicado, as localidades de Pedras Brancas, comunidade do Cerrito (onde há a comunidade quilombola) são as mais atingidas”, confirma.
Na última sexta-feira, o prefeito Rogério Lemos Cruz assinou o decreto de situação de emergência, que já foi publicado. Na região em média foram perdidos 35% da safra de milho silagem, 35% da safra de abóbora cabotiá, 30% do milho grão, 30% do leite, 25% do feijão 15% da soja, 15% dos bovinos de corte.
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