Investimento de R$ 700 milhões

Por Victoria Fonseca 

victoria.fonseca@diariopopular.com.br 

(Estagiária sob supervisão de Vinicius Peraça) 

O projeto de um complexo com quatro pequenos parques eólicos em Pinheiro Machado recebeu autorização para início de construção. Localizado na zona rural do Município, o projeto de geração de energia renovável é composto de 28 aerogeradores com capacidade que soma 117,6 megawatts (MW). 

O empreendimento necessitava apenas da licença de instalação da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam), concedida há poucos dias, para ser o primeiro dentre os novos projetos a começar a ser instalado na região. Batizados de Candiotinha, Invernada da Pedra Grande, São João Batista e Serra do Veleda, os parques que formam projeto de conjunto de torres que está em trâmites de instalações desde 2010, conseguindo na semana passa a confirmação de que atingiu todos os requisitos para a construção. 

Entretanto, um fator tão importante quanto as licenças é o contrato de compra e venda de energia. A formalização jurídica é o que garante as condições de financiabilidade dos parques. 

Conforme Ricardo Pigatto, sócio da ECB - Pedras Altas Energia Eólica, responsável pela iniciativa, a empresa está agora em busca dos interessados na compra da energia a ser gerada pelo empreendimento. A expectativa é que em breve o negócio seja fechado para a viabilidade do início da construção ainda neste ano, provavelmente no segundo semestre. 

Investimento de R$ 700 milhões 

Os quatro empreendimentos terão capacidade de geração de energia equivalente ao necessário para abastecimento de uma cidade com população de cerca de 200 mil habitantes. O investimento previsto nos parques é estimado em R$ 700 milhões. Já no quesito empregos, a projeção é que, para viabilidade e manutenção das torres, 400 postos diretos sejam preenchidos, além de mais de mil indiretos. 

A construção de parques em Pinheiro Machado faz parte ainda do projeto que contempla mais cinco conjuntos de torres localizadas em Pedras Altas e Bagé. 

Para esses empreendimentos, é aguardada ainda liberação da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Ao todo, uma vez construídos, os nove grupos de aerogeradores podem somar capacidade de geração de 567 MW.