Um evento no último sábado (26) marcou o início das obras de restauro e revitalização do Castelo de Pedras Altas. A cerimônia, que contou com a presença da Secretária de Estado da Cultura, Beatriz Araujo, aconteceu no Castelo de Joaquim Francisco de Assis Brasil. O local é um referencial histórico e arquitetônico, tombado como patrimônio cultural pelo Estado do Rio Grande do Sul.
"Precisamos preservar o que é de mais relevante na nossa cultura. O Governo do Estado vem realizando, em parceria com os municípios, investimentos em todas as regiões. Nós encontramos aqui, hoje, um exemplo disso, com a possibilidade da recuperação desse patrimônio que é de todos nós. Me sinto presenteada por estar Secretária de Estado de um governo que investe em Cultura como nenhum outro investiu, e que possibilita ações tão relevantes”, disse Bia.
Também participaram da cerimônia representantes de órgãos de preservação, autoridades municipais, empresas patrocinadoras e equipe do projeto.
A primeira etapa do projeto, proposto pela Associação Castelo de Pedras Altas, será executada com quase R$ 2 milhões (R$ 1.976.392,30) em recursos do Pró-cultura RS, via Lei de Incentivo à Cultura (LIC). Além disso, conta com apoio institucional da Sedac, por meio do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado (Iphae), da Prefeitura Municipal de Pedras Altas e da Universidade Federal de Pelotas/ UFPEL.
Construído por Joaquim Francisco de Assis Brasil – político, diplomata, produtor rural e intelectual gaúcho, patrono da agricultura do Rio Grande do Sul, que dá nome ao Parque Estadual de Exposições de Esteio –, o castelo data de 1913 e é um exemplar único de técnicas pioneiras de sistema construtivo, infraestrutura de edificação, bem como por seu valor paisagístico e significativo acervo relacionado à trajetória de Assis Brasil. Na biblioteca, encontram-se cerca de 15 mil livros, dentre eles exemplares raros de grande valor histórico.
Nos marcos do Centenário da Revolução de 1923, destaca-se que o castelo foi palco da assinatura do Tratado de Paz que deu fim ao conflito entre chimangos e maragatos, entrando para a história como o Pacto de Pedras Altas.
Sobre as etapas do projeto
A primeira etapa de restauro e revitalização, com recursos da LIC, prevê a impermeabilização e a pavimentação da laje de cobertura do castelo, nos locais de maior acesso, e, no andar superior, a remoção e a execução dos revestimentos internos, além de instalações elétricas e restauro da pintura das janelas metálicas. Já a segunda etapa do projeto prevê intervenção estrutural no terraço do castelo.
O resultado, a longo prazo, será a implantação de um Ecomuseu, com o objetivo de valorizar o território, a paisagem cultural e a memória local, perspectiva que reúne a história social ancorada em seus referenciais arquitetônicos e paisagísticos e representa uma importante contribuição para o desenvolvimento cultural do estado.
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