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segunda-feira, 28 de janeiro de 2019

Qualidade de animais marca remates da Feovelha

Mesmo com um número menor de animais, no comparativo com o ano passado, a 35ª Feovelha, tradicional evento de Pinheiro Machado e uma das principais exposições de ovinos do País, encerrou, no sábado, superando a média de comercialização de edições anteriores. Os remates registraram 100% de vendas e, somente na sexta-feira, o valor médio superou em cerca de 40% o de 2018. 

Este ano foram comercializados 1.650 animais, sendo que a previsão inicial era de 2,2 mil exemplares presentes para venda somente durante o Rematão 2019. Mesmo assim, o faturamento foi de R$ 440.820,00 e a média final ficou em R$ 291,54 por animal, enquanto, no ano passado, ficou na faixa R$ 209,64 cada. 

No geral, a média foi de R$ 465,99 por animal e o faturamento total superou os R$ 768 mil. Nos últimos anos, o Rematão foi o termômetro dos negócios e sempre superou sua edição anterior. Foi assim em 2015 (R$ 188,52), 2016 (R$ 204,39), 2017 (R$ 234,30), um ciclo que somente se rompeu em 2018 (R$ 209,64). Nas categorias, a raça mais valorizada foi a Ideal, com média de R$ 2.844,58, tendo 48 exemplares arrematados. 

Exposição 
A Feovelha contou, ainda, com participação da Emater, que apresentou a Feira de Plantas Bioativas e Ornamentais; mostra dos tipos de lãs e peças artesanais e a 30ª Feira do Artesanato em Lã, de produtores e artesãos do Alto Camaquã. No local, os participantes tiveram opções de gastronomia, turismo e artesanato. 

Um dos participantes foi o cuteleiro José Gonçalves, que realiza restauração em facas antigas há 10 anos. O artesão era servidor público e, após a aposentadoria, resolveu fazer o trabalho para ajudar no orçamento, além de utilizar como terapia. Gonçalves ressalta que utiliza materiais recicláveis, como torneiras de ferro, para refazer o cabo das facas. Além da cutelaria, ele faz todo o tipo de artesanato, inclusive a bainha das facas. "A venda não foi muito boa, mas gosto de ensinar e contar como faço o trabalho", comenta. 

A produtora de ovinos e artesã Maria Helena Fagundes, de 62 anos, realiza trabalhos de tecelagem em lã. Ela conta que a Feovelha sempre foi uma feira boa para comercializar. "Este ano foi mais enxuta, mas a comercialização valeu a pena. Até os animais tiveram preços bons", reforça. 

O Sindicato Rural de Pinheiro Machado, organizador da Feovelha, também estava com uma banca no pavilhão do comércio. Conforme uma das representantes da entidade, Carmen Lúcia Fagundes, foram expostos produtos do Alto Camaquã, como mel, produzido no município, e outros de agroindústrias familiares.

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