Suzana Vargas esclarece polêmica sobre sua não nomeação ao cargo de diretora da Escola Dois de Maio

A não nomeação de Suzana Vargas para o cargo de diretora da Escola Municipal Dois de Maio gerou certa polêmica na comunidade escolar. Na edição desta sexta-feira (11), através do jornal Tribuna do pampa o prefeito explicou que não poderria nomear alguém que era contrária a ele. Dando direito de resposta, por até mesmo termos citado Suzana em matéria anterior, abaixo estamos dando destaque a versão da professora sobre o fato

Segue abaixo nota enviada por Suzana Vargas.

Em resposta ao que foi publicado no Jornal Tribuna do Pampa, nesta sexta-feira, pelo Prefeito Municipal, quando foi questionado sobre o motivo do mesmo não ter me nomeado para a Escola 2 de Maio, a qual era candidata, e onde ele cita que não poderia nomear alguém que era contra o governo dele, o que não é verdade, venho através deste veículo de comunicação esclarecer, de fato, o ocorrido. 

Meu ponto de vista é de que somos pessoas, Educadoras no caso, vivendo um regime democrático, não somos um bando de ovelhas rebanhados por um pastor... 

Sendo assim, penso que deveríamos ser respeitadas na divergência de idéias e ideais, deveríamos pensar coletivamente no sucesso escolar, de acordo com a realidade de cada escola, dialogando de forma racional e não subjugados a uma única forma de pensamento, o que foi proposto pelo Prefeito. 

Em nenhum momento, durante a conversa que tivemos no Gabinete, o prefeito falou que teríamos que estar alinhadas às Diretrizes do GOVERNO ou às Diretrizes da Educação, o que seria mais correto, pois o que rege qualquer escola são as Leis de Diretrizes e Bases, juntamente com seu o Regimento Escolar de cada escola, seja Municipal ou Estadual. Um governo é transitório, uma escola não. 

O que o Prefeito falou, de forma bastante alterada, batendo a mão na guarda da cadeira (atitude lamentável diante do cargo que ocupa), que ele queria nomear pessoas que PENSASSEM EXATAMENTE COMO ELE, e que FIZESSEM EXATAMENTE O QUE ELE QUERIA QUE FOSSE FEITO! 

Não falou em nome do Governo, falou em seu próprio nome, na primeira pessoa do singular, que isto fique bem claro! Palavras e atitude testemunhada por todos ali presentes, diante do acontecido, fui realmente contrária a esta atitude de abuso de poder e, somente neste momento, me manifestei, visto que isto fere o direito constitucional de cada cidadão de se manifestar de forma democrática!! Este foi o REAL motivo de não ter sido nomeada para o cargo de Diretora ao qual me candidatei. 

Em relação, ao que foi publicado no blog DiCacimbinhas, dando a entender que eu Suzana Vargas da Silveira, não teria sido nomeada para o cargo de Diretora da Escola 2 de Maio, por ter sido "marcada" quando, em audiência pública, na Câmara de Vereadores, me posicionei contra a suspensão do vale refeição, dizendo que os funcionários olhassem bem para cada vereador que ali estava e que votassem a favor da suspensão do vale, e que daqui a 2 anos, levassem o seu Título Eleitoral e votassem NÃO para esses vereadores, portanto, me referia aos vereadores e não ao Governo, não vejo razão para ter sido "marcada", até porquê, uma audiência pública é realizada para ouvir a opinião das pessoas, do contrário não teria sentido em realizá -la. 

Fica a pergunta: Vivemos, de fato, uma democracia ou uma ditadura camuflada em democracia? 

As pessoas deveriam ter consciência, discernimento e humildade suficiente para saber separar uma opinião sobre um assunto público, de interesse geral, de uma opinião pessoal a respeito de uma pessoa que governa uma cidade para todos e não apenas a favor de alguns.