Foi publicado, ontem, no Diário Oficial da União, despacho da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) acerca do recebimento de Requerimento de Outorga da Wood Pellets Consultoria Agropecuária Ltda., a Pellco Brasil.
A empresa será a responsável pela construção da fábrica de pellets para geração de energia. Conforme o documento, a solicitação é para o sistema de transmissão que será de interesse restrito de 50 mil quilowatts de potência instalada, visando à produção independente de energia elétrica para a usina.
O empreendimento deverá ser construído em Pinheiro Machado em uma área de 138 hectares, que pertencia à Votorantim e terá um investimento superior a R$ 1 bilhão, com participação de empresas nacionais e estrangeiras para a construção da fábrica.
Investimento e empregos
A estimativa é que seja possível uma produção de 900 mil pellets (pequenos cilindros que servem como biocombustíveis sólidos a partir de matéria-prima que pode ser resíduos de biomassa vegetal como a serragem, entre outros). O empreendimento deverá gerar cerca de 1,5 mil empregos durante a construção da fábrica e 1,2 mil para seu funcionamento.
A empresa tem investimento do fundo britânico Castlepines e, no Brasil, quem preside a Pellco Brasil é o paulista Luiz Eduardo Batalha, que há alguns anos é empreendedor no ramo da olivicultura e agropecuária na região de Pinheiro Machado. A intenção é exportar o produto gerado a partir do processamento de madeira de florestamento para países da Europa, o Japão e os Estados Unidos que poderão utilizá-lo como fonte de energia para seus empreendimentos.
Sistema
Essa solicitação de autorização para a instalação de sistema de transmissão de energia elétrica contemplará todo o subproduto gerado com a produção de pellets, como galhos e tocos das árvores. Assim, a intenção é processar todos esses resíduos em uma termelétrica que será erguida na mesma planta da fábrica, podendo gerar os 50 megawatts de energia anual, sendo 32 para alimentar o próprio funcionamento da indústria e os outros 18 megawatts, direcionado para a distribuição na rede, com vistas a ser comercializado pelas companhias de energia elétrica.
A obra para construção da fábrica da usina poderá levar dois anos até sua conclusão e a Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) já concedeu licença prévia para a instalação da empresa no município.
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