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terça-feira, 6 de agosto de 2019

Pellco solicita sistema para produzir energia para empreendimento

Foi publicado, ontem, no Diário Oficial da União, despacho da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) acerca do recebimento de Requerimento de Outorga da Wood Pellets Consultoria Agropecuária Ltda., a Pellco Brasil. 

A empresa será a responsável pela construção da fábrica de pellets para geração de energia. Conforme o documento, a solicitação é para o sistema de transmissão que será de interesse restrito de 50 mil quilowatts de potência instalada, visando à produção independente de energia elétrica para a usina.

O empreendimento deverá ser construído em Pinheiro Machado em uma área de 138 hectares, que pertencia à Votorantim e terá um investimento superior a R$ 1 bilhão, com participação de empresas nacionais e estrangeiras para a construção da fábrica. 

Investimento e empregos 

A estimativa é que seja possível uma produção de 900 mil pellets (pequenos cilindros que servem como biocombustíveis sólidos a partir de matéria-prima que pode ser resíduos de biomassa vegetal como a serragem, entre outros). O empreendimento deverá gerar cerca de 1,5 mil empregos durante a construção da fábrica e 1,2 mil para seu funcionamento. 

A empresa tem investimento do fundo britânico Castlepines e, no Brasil, quem preside a Pellco Brasil é o paulista Luiz Eduardo Batalha, que há alguns anos é empreendedor no ramo da olivicultura e agropecuária na região de Pinheiro Machado. A intenção é exportar o produto gerado a partir do processamento de madeira de florestamento para países da Europa, o Japão e os Estados Unidos que poderão utilizá-lo como fonte de energia para seus empreendimentos. 

Sistema 

Essa solicitação de autorização para a instalação de sistema de transmissão de energia elétrica contemplará todo o subproduto gerado com a produção de pellets, como galhos e tocos das árvores. Assim, a intenção é processar todos esses resíduos em uma termelétrica que será erguida na mesma planta da fábrica, podendo gerar os 50 megawatts de energia anual, sendo 32 para alimentar o próprio funcionamento da indústria e os outros 18 megawatts, direcionado para a distribuição na rede, com vistas a ser comercializado pelas companhias de energia elétrica. 

A obra para construção da fábrica da usina poderá levar dois anos até sua conclusão e a Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) já concedeu licença prévia para a instalação da empresa no município.

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