Por Ridgway Ávila Veiga
Oh! Cine Lux, foste as imagens nos meus olhos que se perderam nas infinitas conexões do meu cérebro. Sentado no banco em frente tive o prazer de ver tua gloria.
As tuas portas abertas convidavam para um passeio pelas mais infinitas aventuras que dias mais tardes, muitas, se tornariam realidades.
Na pequena abertura, ao lado esquerdo, um bilhete dava passagem para uma hora e pouco de uma grande paixão. Um rolo destrinchava grandes façanhas criadas por cérebros incrivelmente fantásticos. Teus vitros refletiam a luz que vinha do céu em meus olhos na espera de uma tarde empolgante, enquanto olhava de relance os gibis para a troca de mãos.
Acomodaste, talvez, quase toda a cidade em teus braços e proporcionaste prazer e alegria nas noites dos fins de semanas. Foste testemunha de olhares proibidos, mas apaixonados. Foste a escuridão que clareaste um amor que se encontrava reprimido pela timidez. Abristes os olhos daqueles que se encontravam no escuro para um mundo de ilusões.
Passastes por mãos de sábios que te deram vida para iluminar olhos que se maravilhavam na repetição de teus movimentos. Cine Lux foste, na multiplicação, parada obrigatória nas rotinas das noites de fim de semanas.
Quantas vezes te derretestes no meio de uma paixão para conter uma outra que passava do limite dos desejos. Foste tão grande que até hoje sinto saudade do teu aconchego.
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