Por Ridgway Ávila Veiga
A praça de esporte Álvaro Ávila Escobar foi há que mais proporcionou alegria para a gurizada que não tinha acesso a brinquedos, que na época eram muito difíceis de adquirir. Quando não tinham uma bola de couro ou de borracha, usavam uma bola de meia. Aquela quadra de cimento onde todos tinham a liberdade de brincarem e não ter medo de ser feliz.
Não importava se os dedos eram desgastados pelo cimento quando erravam na trouxa de meia. O que importava era participar da brincadeira. Muitos jogam de pé descalço porque não tinham o privilegiava para adquirir um tênis.
Dentro das quatro linhas se aprendia a conviver com as diferenças, porque ali o objetivo era correr atrás da bola e fazer o gol. A maldade só existia se alguém com mais ímpeto burlasse a regra do jogo. A briga era constante, mas pela posse da bola. Se alguma desavença ocorresse durante o jogo, logo era esquecida quando a partida terminava.
Naquela praça, era o encontro da juventude da cidade, terceira idade e das crianças que curtiam o parque enquanto os pais se divertiam correndo atrás de uma bola. Naquele triando se praticava socialização e também a convivência mais intima que mais tarde se transformavam em união estáveis.
Ali as classes sociais disputavam, não por um lugar mais alto no pódio, mas por quem chegasse mais alto, embalado pelo balanço. Outros disputavam quem aguentava mais tempo no brinquedo giratório. Naquela praça muitos doaram um pouco do seu tempo em prol da alegria.
Quem teve o privilégio de viver aqueles tempos de “ouro” da praça, com certeza conservam em suas memorias dos momentos de liberdade da alma. Me arrisco a dizer que; Era a praça da utopia. Onde as diferenças eram esquecidas na entrada dos portões que davam acesso a praça da magia.
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