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sexta-feira, 12 de junho de 2020

Somos amigos, mas hoje Jaime tremeu a perna, lamentou Mateus Garcia


Vereador considerou noite da ilusão na Câmara 

Ao dar seu voto acompanhando a mensagem de veto do Prefeito no PL 11/2020, o Vereador da base aliada Mateus Garcia (PDT) mostrou seu total descontentamento com 6 votos anteriores que acabaram derrubando o veto. 

Como já sabem, apenas Mateus e Wilson votaram de forma favorável ao veto. Mas acreditamos que o voto mais doido para Mateus foi o do Vereador Jaime Lucas (MDB), que é da base aliada e acabou votando contra a proposta do Prefeito. Na última terça Jaime havia pedido vistas no projeto junto com Mateus e Wilson e até mesmo fez argumentação que dava a entender que ele votaria ao lado do Governo. Mas isso não ocorreu. 

Assim Mateus disse que na sua frente havia 4 pareceres técnicos sobre o PL11/2020 e que estava se criando uma sensação falsa que o funcionalismo terá a reposição e que havia vereador que tempo atrás dizia que não votava projeto inconstitucional e acabou votando. 

“Está gravado que falava que não votava projeto inconstitucional e acabou votando e o que está sendo feito é o medo do ano eleitoral, levando a falsa sensação que o funcionalismo terá a reposição de 7,82%, mas só que não. O Executivo vai buscar a inconstitucionalidade da lei e por todos estes pareceres técnicos irá conseguir facilmente nos próximos dias derrubar a Lei e ficará claro a demagogia que foi feita nesta Casa tirando os agentes políticos da reposição para ganhar votos facilmente”, explicou Mateus dando ênfase a emenda feita pelos vereadores que tirava a reposição salarial da classe política e fez com que a matéria ficasse inconstitucional. 

Em seu registro Mateus voltou a debater sobre a derrubada do veto e destacou que no futuro pode ser cobrado e pedirá desculpas se estiver errado, mas que estavam vivendo ali a noite da ilusão. 

“Se for para ignorar os pareceres técnicos, falando em economia, vamos dispensar a assessoria do Igam, o jurídico desta Casa porque o que eles escreveram não vale nada. Já cometemos um erro onde os pareceres já apontavam ilegalidade no início, e assumo o erro e me passou despercebido, e votamos. Eu queria muito que o funcionalismo tivesse o direito de receber seus 7,82% mas com toda essa materialidade em nossas mãos, estou me baseando nas questões técnicas jurídicas e consultei o deputado Pompeo de Mattos, o senhor André do Igam e não é menosprezar o jurídico da Casa, pois todas orientações são na mesma linha, e o que se vê é a possibilidade de derrubar a lei”, explicou Garcia. 

O parlamentar disse estar chamando a noite da ilusão em razão dos funcionários ficarem contentes até quando receber a informação de não irão receber a reposição. 

“A maioria desta Casa ficou com medo e tenho um grande prestígio pelo vereador Jaime e somos amigos, e digo que até ele tremeu a perna hoje, meu amigo colega e continuo lhe respeitando (Jaime fez sinal de negativo), até mesmo quem nunca afrouxava acabou afrouxando. Quando o assunto envolve funcionalismo todo mundo fica com medo e o Wilson foi corajoso e entendeu os pareceres que chegaram”, disse Mateus.

Por fim ele salientou que tem posição e coloca a cara a tapa e que o projeto chegou na Casa de uma forma e voltou para o prefeito de outra. 

“Estamos na Casa das Leis e vamos ignorar a legalidade para ficar de boa. Quando me elegi não vim com medo de perder ou ganhar votos. Não vim fazer politicagem, mas está em risco R$ 1,5 milhão que o Município poderá deixar de receber”, concluiu Mateus. 

Pode que tudo se acerte, ou pode já estar certo, mas o clima ao final da sessão foi de poucas palavras entre os parlamentares. Como sabem a política muda sempre.

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