Em locais com indicação vermelha, é necessário que haja aprovação da maioria dos prefeitos
Após pedido do Movimento Tradicionalista Gaúcho (MTG), o governo do Estado autorizou a retomada de atividades e provas campeiras, como tiro de laço e gineteada. A liberação vale somente para regiões com bandeiras amarela ou laranja no modelo de distanciamento controlado.
Para os casos de bandeira vermelha, esse tipo de atividade não é permitido. No entanto, com o novo modelo de cogestão, regiões com esse nível de risco podem adotar medidas da bandeira anterior (laranja) se houver aprovação de dois terços dos prefeitos.
O assunto já vinha sendo discutido pelo Gabinete de Crise e pelo Comitê de Dados, mas a provocação do MTG agilizou a decisão, tomada nesta terça-feira (18). Para que as atividades sejam liberadas, é necessário que sigam as orientações previstas na Nota Informativa 18, que estabelece recomendações para competições esportivas.
A federação organizadora deve elaborar um plano de contingência que será usado por todos os envolvidos na competição – o documento deve ser entregue às secretarias de Saúde dos municípios onde ocorrerão as atividades. A partir do plano, as prefeituras farão a análise e solicitarão adequações, se necessário.
A decisão final cabe ao município.
As atividades devem ser realizadas sem público, inclusive em locais de treinamento. No dia do evento, somente competidores e trabalhadores estão autorizados a ir ao local, e em número reduzido.
Crianças não estão permitidas nas competições.
Só podem ingressar no local do evento pessoas com máscara e com temperatura de no máximo 37,4º C – a aferição é obrigatória. Além disso, informações de prevenção à covid-19 devem ser divulgadas em local visível, e deve haver disponibilização de álcool gel e de locais para lavagem das mãos.
O secretário estadual da Agricultura, Covatti Filho, diz que o próprio MTG propôs protocolos e se dispôs a cumprir as regras determinadas. Para ele, a retomada das atividades vai trazer alívio ao setor. "Tem muita gente sendo impactada: narradores, profissionais do laço e das provas campeiras, empresas de vestimentas e encilhas. Há uma cadeia muito grande que estava paralisada e que poderá retornar. Como não é um esporte de contato, vão conseguir manter a questão do distanciamento", destacou.
Vice-presidente campeiro do MTG, Adriano Pacheco afirma que uma cartilha com as regras será distribuída às mais de 1,7 mil entidades ligadas às coordenadorias regionais. "Quem realmente realiza essas atividades está disposto a se enquadrar a este novo momento que estamos vivendo. Como qualquer evento que estamos habituados, a maioria gera aglomeração, e a primeira medida, a mais importante, é restringir o acesso do púbico. Nosso objetivo é fomentar a cadeia produtiva", concluiu.
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