Leite reiterou momento de queda consistente nos índices com avanço da vacinação, mas descartou "tranquilidade" diante de casos suspeitos da variante Delta
Após dois meses da implementação do sistema de 3A's, o Rio Grande do Sul não registra mais nenhuma região em estado de Alerta - quando se detecta tendência grave - para pandemia da Covid-19.
Diante da melhora nos indicadores, o Gabinete de Crise e o governador Eduardo Leite anunciaram, na quarta-feira (14), a retirada do alerta das sete regiões - Cachoeira do Sul, Caxias do Sul, Palmeira das Missões, Passo Fundo, Pelotas (a qual Pinheiro Machado está incluída), Santa Rosa e Uruguaiana - que ainda restavam nesta situação.
Em coletiva, o chefe do Executivo atribuiu a decisão a queda consistente dos números apresentados em todo o Estado de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e clínicos.
"Os indicadores estão melhorando, não estamos em situação de tranquilidade, mas os indicadores nos mostram a possibilidade de retirar todos os alertas. Temos uma tendência persistente de redução de internações clínicos e de UTIs", pontuou Leite, que está em Brasília.
Vacinado na última terça-feira, o governador exaltou a marca de mais de 50% dos gaúchos adultos vacinados e também colocou no horizonte uma possível antecipação no calendário de imunização.
"Nossa previsão segue: vacinar todos adultos com pelo menos uma dose até o começo de setembro. Estamos revisando um possível adiantamento. Eu mesmo sou um exemplo disso, me vacinei com duas semanas de antecedência e acredito que muito possivelmente esse adiantamento ocorrerá para todos", salientou.
Apesar do momento distinto dos piores momentos da pandemia no RS, Leite descartou "tranquilidade" e informou também o envio de avisos para todas as 21 regiões Covid sobre a variante Delta e seus perigos. O Estado investiga dois casos suspeitos que ainda não tiveram confirmação.
"Não estamos em uma situação de tranquilidade. Ainda aguardamos os testes para sabermos se a variante Delta chegou ao Estado e onde estão os casos. Temos dois casos de confirmação em estudo na FioCruz. São de Gramado e Santana do Livramento. A Delta é uma preocupação no mundo e também é para nós".
Conforme o SES, a queda nas internações em leitos clínicos já ocorre em uma velocidade menor e exige vigilância.
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