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terça-feira, 28 de julho de 2020

Pesquisa: ansiedade atinge 35% dos trabalhadores durante a pandemia

Dificuldade de adaptação ao home office, incertezas sobre o futuro, morte e luto entraram para a lista das principais queixas em consultas psicológicas 

O total de trabalhadores que passou a procurar por serviços psicológicos para cuidar da saúde mental saltou de 2,2 milhões, antes do novo Coronavírus, para 8,1 milhões, após a pandemia.

No intervalo entre os meses de março e abril, o total de consultas também cresceu de 6 mil para 14 mil e as mulheres responderam por 75% da procura por ajuda psicológica durante a crise do Coronavírus (homens responderam por 25%), segundo levantamento “O que mais afeta a Saúde Mental dos trabalhadores durante a pandemia” da consultoria Mercer Marsh Benefícios, líder em gestão de saúde e programas de qualidade de vida e bem-estar para trabalhadores. 

Entre as principais causas de transtornos comportamentais e de saúde mental reportadas aos médicos estão a ansiedade com 35,09% dos casos; depressão (9,92%), psicologia clínica (8,22%) e questões relacionadas à família (2,92%). 


Home office, incertezas sobre o futuro, morte e luto 
Pela primeira vez, de acordo com análise da consultoria, a dificuldade de adaptação ao home office apareceu na lista das queixas com 2,92% dos pedidos de consultas. Incertezas sobre o futuro agora estão também entre as causas das consultas com 1,20%, e queixas psicológicas, por causa de morte e luto, 1,10%. 

Segundo a diretora de gestão de saúde e qualidade de vida da Mercer Marsh Benefícios, Antonietta Medeiros, é necessário que as empresas apoiem agora os seus colaboradores e os ajudem a tratar de questões relacionadas à saúde mental. “O distanciamento social, quarentena ou isolamento, alterou significativamente a rotina das pessoas e gerou uma incerteza e o medo de perda de renda pela impossibilidade de trabalhar”, afirma. 

Os dados do levantamento, de acordo com a especialista, mostram que já há um movimento das empresas em busca de estratégias para apoio nas questões relacionadas a saúde mental e bem-estar dos trabalhadores que têm sido fortemente impactados pela crise da Covid-19. “Os transtornos comportamentais e de saúde mental já são a terceira causa de afastamento de trabalhadores no Brasil. Uma crise como esta provocada pela pandemia, pode ter consequências de médio e longo prazo; e comprometer o seu capital intelectual e a sua produtividade no momento da retomada ao trabalho”, diz. 

Principais indicadores do levantamento sobre ansiedade na pandemia: 
Total de trabalhadores que passou a tratar de questões relacionadas à saúde mental saltou de 2,2 milhões, antes do novo Coronavírus, para 8,1 milhões após a pandemia. Número de consultas também cresceu de 6 mil para 14 mil no mesmo período. Mulheres respondem por 75% das solicitações de consultas e homens por 35%. 

Ranking das principais queixas: 

Ansiedade: 35,09% dos casos 
Depressão: 9,92% 
Psicologia clínica: 8,22% 
Questões relacionadas à família: 2,92% 

Queixas que passaram a ser recorrentes: 

Adaptação ao Home Office: 2,72% dos casos entre março e abril 
Dependência química: 0,79% 
Morte e luto: 1,10%
Incerteza sobre futuro: 1,20% 
Violência doméstica: 0,18% 

Período de coleta e análise de dados: Março a Abril de 2020.

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